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CÂMARA: Acordo com Hugo Motta leva Glauber Braga a encerrar greve de fome
O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) suspendeu nessa quinta-feira (17) a greve de fome iniciada no dia 9, em protesto contra o avanço do processo que pode cassar seu mandato. A decisão foi tomada após acordo com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que garantiu um prazo mínimo de 60 dias para a defesa antes de levar o caso ao plenário.
Braga, que vinha dormindo nas dependências da Câmara e se alimentando apenas com líquidos, afirmou que continuará mobilizado contra o chamado “Orçamento Secreto” e outras pautas que considera essenciais. “Estamos suspendendo a greve de fome, mas não a luta”, declarou.
O acordo foi articulado com apoio de parlamentares como Sâmia Bomfim (PSOL-SP), esposa de Glauber, e o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ). Para a líder do PSOL, Talíria Petrone (RJ), a decisão da Mesa Diretora representa um recuo frente ao que consideram uma “injustiça”.
O processo de cassação teve início após denúncia do partido Novo, que acusa o deputado de agredir um militante do Movimento Brasil Livre (MBL) nas dependências do Congresso. O Conselho de Ética aprovou a continuidade do caso, com parecer favorável do relator Paulo Magalhães (PSD-BA), acusado por Glauber de atuar de forma parcial.
Agora, o PSOL promete recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na próxima terça-feira (22). O recurso, com cerca de 90 páginas, contesta a condução do processo e aponta desproporcionalidade na punição sugerida. Se o recurso for aceito, o processo volta ao Conselho de Ética para correções. Caso contrário, seguirá para votação no plenário, onde são necessários 257 votos para cassar o mandato.
A Câmara ainda não marcou data para esta votação.
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