CLDF: Manzoni reage a críticas da oposição e denuncia hipocrisia no debate sobre feminicídios

O aumento dos casos de feminicídio no Distrito Federal reacendeu discussões na Câmara Legislativa do DF nesta terça-feira (20). Deputados da oposição usaram a tribuna para responsabilizar o Governo do Distrito Federal (GDF) pela escalada da violência contra mulheres. Em resposta, o deputado Thiago Manzoni (PL) rebateu os ataques e acusou os adversários de usar o tema com fins políticos, sem enfrentar suas causas profundas.

Manzoni criticou o que classificou como seletividade moral da esquerda ao tratar o problema. Segundo ele, há contradição em condenar o feminicídio enquanto se defende manifestações culturais que, em sua visão, reforçam a objetificação da mulher. “Não é só o homem que objetifica a mulher. São as músicas que a esquerda chama de cultura, que diminuem a figura feminina e incentivam comportamentos degradantes”, afirmou.

O parlamentar também contestou a resistência de setores progressistas ao debate sobre valores conservadores. “Quando se fala em vestimenta, dizem que é culpar a vítima. Não é isso. Queremos uma sociedade com princípios, que preserve as mulheres dos canalhas que atentam contra elas”, disse.

As declarações causaram impacto e acabaram incentivando uma discussão maior sobre o papel da cultura na forma como as mulheres são tratadas e agredidas na sociedade. Para Manzoni, é preciso ir além do discurso e encarar com seriedade os fatores que moldam comportamentos, inclusive aqueles que são aplaudidos por setores da oposição.

Enquanto críticas ao GDF dominam as falas de adversários, o governo reforça que tem investido em políticas de prevenção e proteção às vítimas. Ainda assim, o tema tem sido usado com frequência como arma política em discursos que pouco dialogam com a realidade enfrentada nas ruas.

Da Redação

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Fred Lima

Graduado em Comunicação Social – Jornalismo pelo Centro Universitário ICESP e mestrando em Comunicação pela Universidade Católica de Brasília, Fred Lima tem passagem por assessoria de imprensa, redação e rádio. Em julho de 2014, lançou o blog que leva o seu nome, sendo substituído pelo portal Lupa Política. Em 2016 e 2017, presidiu a Associação Brasileira dos Portais de Notícias (ABBP), entidade que representa os blogs e portais de notícias do país.

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