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NA LUPA: Quem tem a comitiva e o discurso de Cappelli não precisa de adversário

O presidente Lula (PT) e seus baixíssimos índices de aprovação junto ao eleitorado brasiliense; o ex-governador Rodrigo Rollemberg (PSB) e o legado de seu governo reprovado nas urnas; os esquerdistas reacionários que compõem a nata do ranço ideológico e atrasado da política da capital, como Erika Kokay, Chico Vigilante, Gabriel Magno, entre outros. Todos têm algo em comum: apoiam a pré-candidatura do ex-interventor da segurança pública e atual presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Cappelli (PSB), ao Palácio do Buriti.

Mas o problema não para por aí. As manifestações de Cappelli, recheadas de defesas explícitas a Lula e à esquerda, tiram mais votos do que ganham. Ele fala apenas para a sua bolha.

Nos anos 1990, quando a esquerda estava em baixa no plano federal, candidatos petistas bem-sucedidos nos estados, como Cristovam Buarque e Vitor Buaiz, venceram o pleito no DF e no Espírito Santo, respectivamente, aproximando-se do centro e afastando-se da pauta ideológica.

Com Cappelli, acontece o contrário. Seus vídeos nas redes sociais não parecem feitos por um pré-candidato ao Executivo local, mas por um secretário de Comunicação de um governo comunista, como o que foi comandado por Flávio Dino, quando este era governador e Cappelli, seu secretário. Ele não conseguiu se despir do cargo de secretário e ainda ostenta a boina vermelha de Che Guevara.

Além disso, os ataques pesados contra o governador Ibaneis Rocha (MDB) e seu governo não condizem com as pesquisas de opinião pública. Ibaneis foi reeleito no primeiro turno, diferentemente de Rollemberg, padrinho de Cappelli, que, mesmo se dizendo de esquerda, fez um governo voltado para a elite brasiliense, tratorando residências consolidadas e aumentando o preço dos restaurantes comunitários nas cidades-satélites.

Antes de fazer oposição sistemática ao atual governador, Cappelli precisa explicar, primeiro, as mazelas do governo “socialista” de Rollemberg para a capital e o motivo de este ser seu principal padrinho. Ou será que teremos um governo Rollemberg 2, caso ele se eleja?

Da Redação

Fred Lima

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