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NA LUPA: Mesmo se fosse com Bolsonaro, ultra protecionismo de Trump não seria bom para o Brasil
Na eleição norte-americana de 2004, o presidente Lula (PT) afirmou que seria melhor ter um republicano na Casa Branca que um democrata, visto que o partido de Joe Biden sempre foi conhecido por adotar o protecionismo econômico, isto é, o aumento de tarifas para produtos importados no país.
Passados doze anos, uma das principais bandeiras de Donald Trump na eleição de 2016 foi a defesa do ultra protecionismo, muito maior que o defendido pelos Democratas. Com isso, os Republicanos tomaram para si a defesa do mercado interno em escala maior.
Nem mesmo o “I love you” de Jair Bolsonaro a Trump na Assembleia Geral da ONU em 2019 foi capaz de sensibilizar o republicano para baixar as tarifas relacionadas à importação brasileira, pelo contrário, o protecionismo continuou mais forte que nunca, como no caso do aço e alumínio no fim do mesmo ano.
O presidente eleito dos EUA é um homem dos negócios e nunca colocou em primeiro lugar afinidade pessoal em detrimento da economia de seu país. Seu nacionalismo extremo é uma espécie de darwinismo econômico, onde as minorias empresariais estrangeiras são engolidas em nome do patriotismo anti-globalizado. Só sobrevive em território americano quem estiver disposto a pagar mais para o Estado e vender mais barato.
Comungar da mesma ideologia de Trump pode gerar tapinhas nas costas e abraços calorosos para os presidentes de direita de outros países, menos facilidades nas relações bilaterais. Para os de esquerda, não existe chá da tarde, mas em nada muda o tratamento econômico.
Com base nessa premissa, o relacionamento de Lula e Trump será pragmático e distante, porém, igualitário nos negócios.
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